Doenças

ANEURISMA CEREBRAL

É uma dilatação na parede de artérias cerebrais devido ao enfraquecimento de sua parede. Pode ser hereditário – quando existe uma alteração na artéria desde o nascimento, ou adquirido – quando ocorre uma alteração na parede do vaso devido a aterosclerose (acúmulo de gordura na parede das artérias). Os aneurismas cerebrais são uma condição séria e potencialmente fatal que afeta o sistema vascular do cérebro. Neste artigo, exploraremos mais sobre os aneurismas cerebrais, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

 

Dados Epidemiológicos

Os aneurismas cerebrais são mais comuns do que se imagina. Estima-se que entre 3% e 5% da população mundial possa ter um aneurisma cerebral não diagnosticado. Eles podem ocorrer em pessoas de todas as idades, mas são mais comuns em adultos, especialmente entre 35 e 60 anos. As mulheres têm uma ligeira predominância em relação aos homens em termos de incidência de aneurismas cerebrais.

Sintomatologia

Muitas vezes, os aneurismas cerebrais são assintomáticos e podem passar despercebidos por anos. No entanto, quando um aneurisma se rompe ou começa a pressionar estruturas cerebrais adjacentes, podem ocorrer sintomas graves, incluindo:

  • Dor de cabeça súbita e intensa, frequentemente descrita como a pior dor de cabeça da vida da pessoa.
  • Rigidez no pescoço.
  • Visão turva ou dupla.
  • Náuseas e vômitos.
  • Sensibilidade à luz (fotofobia).
  • Perda de consciência.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico de um aneurisma cerebral geralmente começa com uma avaliação clínica detalhada, seguida por exames de imagem. Alguns dos exames diagnósticos comuns incluem:

  • Angiografia cerebral: Este é o exame padrão-ouro para diagnosticar aneurismas cerebrais. Envolve a injeção de contraste em um vaso sanguíneo cerebral para visualizar o aneurisma e determinar sua localização e tamanho.
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro: Esses exames de imagem podem ser usados para detectar a presença de sangue no cérebro após um aneurisma ter se rompido.
  • Angiografia por ressonância magnética (MRA): Uma variação da ressonância magnética que pode fornecer imagens detalhadas dos vasos sanguíneos cerebrais e detectar anormalidades, como aneurismas.

Tipos de Tratamento

O tratamento de um aneurisma cerebral depende de vários fatores, incluindo o tamanho, localização e estado do aneurisma, bem como a saúde geral do paciente. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Observação: A abordagem de “esperar para ver” pode ser recomendada para aneurismas pequenos e assintomáticos, especialmente em pacientes com condições médicas que tornam a cirurgia de alto risco.
  • Embolização endovascular: Este procedimento minimamente invasivo envolve a inserção de um cateter na artéria afetada e a colocação de micromolas, stents ou outros materiais embólicos para bloquear o fluxo sanguíneo para o aneurisma.
  • Clipping cirúrgico: Durante uma craniotomia, o neurocirurgião coloca um clipe de metal ao redor do colo do aneurisma para interromper o fluxo sanguíneo e evitar a ruptura.

É importante ressaltar que o tratamento de um aneurisma cerebral deve ser individualizado para cada paciente, levando em consideração uma série de fatores. Um neurocirurgião experiente em doenças cerebrais e vasculares pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

CRANIOFARINGIOMA

Os craniofaringiomas são tumores benignos, mas localmente invasivos, que se desenvolvem na região da sela túrcica do cérebro. Embora sejam considerados raros, representam uma parcela significativa dos tumores cerebrais em crianças e adolescentes, com uma incidência anual de aproximadamente 0,5 a 2 casos por milhão de indivíduos.

Apresentação Clínica

Os craniofaringiomas podem causar uma variedade de sintomas devido à sua localização próxima ao hipotálamo e à hipófise. Alguns dos sinais e sintomas mais comuns incluem dores de cabeça persistentes, alterações na visão, distúrbios hormonais, como puberdade precoce ou retardada, ganho de peso inexplicável, náuseas e vômitos, e alterações no comportamento. É importante estar atento a esses sintomas e buscar avaliação médica especializada.

Formas de Diagnóstico

O diagnóstico de craniofaringiomas geralmente envolve a realização de exames de imagem, como ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC), para visualizar o tumor e sua proximidade com estruturas vitais do cérebro. Além disso, a avaliação hormonal e a avaliação oftalmológica podem ser necessárias para determinar o impacto do tumor nas funções do organismo.

Formas de Tratamento

O tratamento dos craniofaringiomas pode envolver uma abordagem multidisciplinar, com a participação de neurocirurgiões, endocrinologistas, radioterapeutas e outros especialistas. As opções de tratamento incluem cirurgia para remoção do tumor, radioterapia, terapia hormonal e acompanhamento clínico regular para monitorar possíveis recidivas. O objetivo do tratamento é preservar as funções cerebrais e hormonais, além de melhorar a qualidade de vida do paciente.

DEMÊNCIA

É a ocorrência de déficit cognitivo e comportamental, representado pela perda progressiva de memória, dificuldade de raciocínio e desorientação. Idade avançada é o principal fator de risco e sua ocorrência aumenta quando mais idoso o paciente. Pode ser causada por deficiências vitamínicas, intoxicações e infecções, podendo em alguns destes casos ser reversível.

Os principais tipos de demência são: demência da doença de Alzheimer e a demência vascular.

Doença de Alzheimer

​É a mais comum doença neurodegenerativa responsável por demência, sendo o motivo de metade dos casos demência. É caracterizada pelo acúmulo de beta-amilóides e proteína tau no tecido cerebral, o que leva a atrofia cerebral progressiva que atinge primeiramente o hipocampo e o lobo temporal mesial e posteriormente o resto do cérebro. Caracteristicamente os sintomas apresentam piora de forma lenta e gradual, como uma rampa, e não existe tratamento para sua reversão. Maiores informações em Doença de Alzheimer.

          

Demência Vascular

​É causada pelo ocorrência de múltiplas isquemias cerebrais que ocorrem ao longo do tempo e levam aos sintomas de demência. Caracteristicamente a piora dos sintomas é mais definida, como degraus de uma escada, sendo essa uma de suas principais características. Os fatores de risco para a demência vascular são os mesmos das doenças cardiovasculares (hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo), e seu controle pode evitar a ocorrência ou retardar a progressão da demência. O diagnóstico é feito baseando-se na história clínica do paciente e na Ressonância Magnética, que caracteristicamente exibe sinais de doença cerebrovascular. A ocorrência de isquemias cerebrais em pacientes com Doença de Alzheimer é bastante comum, caracterizando nestes casos uma demência mista.

Demência Mista

Este tipo de demência ocorre pela associação da Doença de Alzheimer com a Demência Vascular. A evolução dos sintomas ocorre tanto de forma gradual quanto com episódios de pior mais significativa de forma abrupta. A progressão deste tipo de demência que está relacionado com eventos vasculares pode ser controlada com o controle dos fatores de risco cardiovasculares. Enquanto os sintomas ocasionados pela Doença de Alzheimer progridem lentamente, independente do tratamento.

DOENÇA DE ALZHEIMER

A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente os idosos, causando perda de memória, habilidades cognitivas e capacidades funcionais. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a Doença de Alzheimer, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

 

Dados Epidemiológicos

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando cerca de 60% a 70% de todos os casos. Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo estejam vivendo com a doença, e esse número deve triplicar até 2050. A prevalência da Doença de Alzheimer aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 65 anos. No entanto, casos de Alzheimer de início precoce podem ocorrer em pessoas mais jovens, embora sejam menos comuns.

Sintomas

Os sintomas da Doença de Alzheimer variam de acordo com o estágio da doença, mas geralmente incluem:

  • Perda de memória recente: Esquecimento de eventos recentes ou informações importantes.
  • Dificuldade em realizar tarefas cotidianas: Dificuldade em realizar tarefas simples, como cozinhar ou se vestir.
  • Confusão mental: Desorientação em relação ao tempo, lugar ou pessoa.
  • Alterações de humor e personalidade: Mudanças de humor, irritabilidade ou depressão podem ocorrer.
  • Dificuldade em se comunicar: Dificuldade em encontrar palavras ou seguir uma conversa.

À medida que a doença progride, os sintomas se tornam mais graves, afetando a capacidade do paciente de realizar atividades básicas da vida diária, como se alimentar, se vestir e tomar banho.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da Doença de Alzheimer geralmente envolve uma combinação de avaliação clínica, exames físicos e testes neuropsicológicos. Alguns dos exames diagnósticos comuns incluem:

  • Avaliação neuropsicológica: Testes cognitivos para avaliar a memória, atenção, linguagem e habilidades visuoespaciais.
  • Exames de imagem cerebral: A ressonância magnética (RM) ou a tomografia por emissão de pósitrons (PET) podem ser realizadas para detectar alterações no cérebro associadas à Doença de Alzheimer, como atrofia cerebral ou acúmulo de placas de proteína beta-amiloide.
  • Análises de sangue: Testes de sangue podem ser realizados para excluir outras condições médicas que podem causar sintomas semelhantes à Doença de Alzheimer, como deficiência de vitamina B12 ou hipotireoidismo.

Tipos de Tratamento

Atualmente, não há cura para a Doença de Alzheimer, mas existem opções de tratamento disponíveis para ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Algumas das opções de tratamento incluem:

  • Medicação: Medicamentos como inibidores da colinesterase (por exemplo, donepezila, rivastigmina) e antagonistas do receptor de N-metil-D-aspartato (por exemplo, memantina) podem ajudar a melhorar os sintomas cognitivos e retardar a progressão da doença em alguns pacientes.
  • Terapia ocupacional e fisioterapia: Essas terapias podem ajudar os pacientes a manter a independência funcional e melhorar a qualidade de vida.
  • Suporte familiar e cuidados de longo prazo: O apoio emocional e prático dos cuidadores é fundamental para ajudar os pacientes a lidar com os desafios da Doença de Alzheimer. Além disso, cuidados de longo prazo, como assistência domiciliar ou em instituições especializadas, podem ser necessários em estágios avançados da doença.

É importante ressaltar que o tratamento da Doença de Alzheimer deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. Um neurocirurgião especializado em doenças neurológicas pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

DOENÇA DE PARKINSON

A Doença de Parkinson é um distúrbio neurodegenerativo crônico que afeta principalmente o sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas motores e não motores. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a Doença de Parkinson, incluindo dados epidemiológicos, sinais e sintomas, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Epidemiologia

A Doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum, afetando aproximadamente 1% da população com mais de 60 anos de idade. A prevalência da doença aumenta com a idade, com a maioria dos casos sendo diagnosticados em pessoas com mais de 60 anos. No entanto, a doença também pode afetar pessoas mais jovens, com casos de Parkinson de início precoce ocorrendo em menos de 5% dos pacientes.

Quanto ao sexo, os homens têm uma ligeira predominância em relação às mulheres na incidência da Doença de Parkinson. Além disso, existem fatores genéticos que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, embora a maioria dos casos seja esporádica e não tenha uma causa clara.

Sintomatologia

A Doença de Parkinson é caracterizada por uma variedade de sintomas motores e não motores, que podem se desenvolver gradualmente ao longo do tempo. Alguns dos sinais e sintomas mais comuns incluem:

  • Tremor: Um tremor involuntário em repouso, geralmente começando em um membro.
  • Rigidez muscular: Rigidez e inflexibilidade dos músculos, dificultando os movimentos.
  • Bradicinesia: Lentidão nos movimentos voluntários, incluindo caminhar, levantar-se ou virar na cama.
  • Instabilidade postural: Dificuldade em manter o equilíbrio e postura ereta, aumentando o risco de quedas.
  • Alterações na fala: Fala arrastada, monótona ou com dificuldade para articular as palavras.
  • Alterações cognitivas: Problemas de memória, concentração e raciocínio.
  • Distúrbios do sono: Insônia, sonolência diurna e distúrbios do sono REM.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da Doença de Parkinson é principalmente clínico e baseado na avaliação dos sintomas pelo médico especialista. No entanto, alguns exames podem ser úteis para confirmar o diagnóstico ou excluir outras condições semelhantes. Os exames diagnósticos podem incluir:

  • Testes neurológicos: Avaliação do tremor, rigidez, bradicinesia e instabilidade postural.
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro: Usada para descartar outras condições que podem causar sintomas semelhantes, como tumores cerebrais ou acidente vascular cerebral.
  • Exames de imagem funcional, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET) ou a cintilografia da dopamina: Podem ajudar a avaliar a atividade cerebral e a função dopaminérgica, que é afetada na Doença de Parkinson.

Tipos de Tratamento

Atualmente, não há cura para a Doença de Parkinson, mas existem várias opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. As opções de tratamento podem incluir:

  • Medicação: Os medicamentos dopaminérgicos, como a levodopa e agonistas dopaminérgicos, são frequentemente prescritos para ajudar a controlar os sintomas motores da Doença de Parkinson.
  • Terapia Física e Reabilitação: Exercícios de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional podem ajudar a melhorar a função motora, a fala e a qualidade de vida.
  • Cirurgia: Em casos selecionados, a cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS) pode ser considerada para ajudar a controlar os sintomas motores da Doença de Parkinson.
  • Terapias Complementares: Terapias complementares, como acupuntura, tai chi e yoga, podem ajudar a aliviar os sintomas não motores e melhorar o bem-estar geral.

É importante ressaltar que o tratamento da Doença de Parkinson deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. O acompanhamento regular com um neurologista especializado em distúrbios do movimento é essencial para monitorar a progressão da doença e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

DOR CERVICAL

Dor cervical, cervicalgia é a dor que ocorre na região posterior do pescoço, ela pode ser restrita a este local ou ter irradiação para os membros superiores.

O que causa a dor cervical?

São diversas as causas de dor, sendo a mais comum as causas musculares relacionadas a má postura ou esforço físico intenso.

Como se apresenta a dor cervical?

A maioria dos pacientes identifica um evento desencadeante para a dor, como: esforço físico, longas horas em posição inadequada, trauma cervical.

Preciso fazer exames caso tenha dor cervical?

O diagnóstico da dor é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico do paciente. Em geral, na primeira crise de dor, caso não existam fatores de gravidade ou suspeita de outras doenças, não são necessários exames. Caso a dor persista por mais de duas semanas, hajam fatores de gravidade ou as crises se repitam podem ser realizados exames de imagem como raio X, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética, de acordo com cada caso

Quais as opções de tratamento da dor cervical?

Na maioria dos casos a dor cervical tem curta duração e o tratamento com analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia é suficiente para o alívio. Nos pacientes em que a dor cervical se torna crônica ou as crises frequentes o tratamento multidisciplinar é essencial e envolve médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Em casos refratários ao tratamento clínico multidisciplinar podem ser tentadas medidas mais invasivas como as infiltrações da coluna e a radiofrequência, de acordo com cada caso.

Qual o papel da cirurgia na dor cervical?

Tratamento cirúrgico da dor cervical é indicado geralmente quando existe algum fator determinante dos sintomas como hérnia de discodoença espondilótica cervical ou compressão medular. Muitos paciente apresentam dor cervical sem alterações significativas em seus exames, nestes casos o tratamento cirúrgico é ainda controverso.

DOR LOMBAR

Dor lombar, lombalgia ou lumbago é a dor que ocorre na região mais baixa das costas. Estatísticas americanas apontam a dor lombar como a segunda maior causa de procura por um médico, sendo que cerca de 60-80% da população apresentará pelo menos um episódio de dor lombar durante sua vida. Em cerca de 14% dos pacientes a dor persiste por mais de duas semanas.

O que causa a dor lombar?

São diversas as causas de dor, sendo a mais comum uma contratura ou distensão da musculatura lombar (70%). Os demais casos podem estar relacionados com: doença degenerativa da coluna (10%), hérnia de disco (4%), fraturas vertebrais por osteoporose (4%), estenose do canal vertebral (3%) e outras causas (1%).

Como se apresenta a dor lombar?

A maioria dos pacientes identifica um evento desencadeante para a dor, como: carregar grande peso, permanência por longo período sentado, operação de máquinas pesadas, acidente automobilístico ou queda. A dor em geral fica localizada na porção inferior das costas, piora com movimentos de flexão, extensão e lateralização da coluna, ao carregar peso ou caminhar. Quando a dor irradia para uma ou ambas as pernas deve ser diferenciada de uma hérnia de disco ou estenose do canal vertebral. Outras doenças que podem levar a confusão no diagnóstico são a sacroileíte e a bursite trocantérica, porém na maioria das vezes o exame físico é suficiente para sua diferenciação.

Preciso fazer exames caso tenha dor lombar?

O diagnóstico da dor lombar é clínico, baseado nos sintomas e no exame físico do paciente. Em geral, na primeira crise de dor, caso não existam fatores de gravidade ou suspeita de outras doenças, não são necessários exames. Caso a dor persista por mais de duas semanas, hajam fatores de gravidade ou as crises se repitam podem ser realizados exames de imagem como raio X, Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética, de acordo com cada caso.

Quais as opções de tratamento da dor lombar?

Na maioria dos casos a dor lombar tem curta duração e o tratamento com analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e fisioterapia é suficiente para o alívio. Nos pacientes em que a dor lombar se torna crônica ou as crises frequentes o tratamento multidisciplinar é essencial e envolve médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Em casos refratários ao tratamento clínico multidisciplinar podem ser tentadas medidas mais invasivas como as infiltrações da coluna e a radiofrequência, de acordo com cada caso.

Qual o papel da cirurgia na dor lombar?

Tratamento cirúrgico da dos lombar é indicado geralmente quando existe algum fator determinante dos sintomas como hérnia de discoespondilolistesefraturas vertebrais ou estenose do canal vertebral. Muitos paciente apresentam dor lombar sem alterações significativas em seus exames, nestes casos o tratamento cirúrgico é ainda controverso.

ESCOLIOSE

A escoliose é uma condição complexa que afeta a coluna vertebral, caracterizada por uma curvatura anormal. Essa curvatura pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum durante a adolescência. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a escoliose, incluindo dados epidemiológicos, tipos mais comuns, sintomas e opções de tratamento, considerando o grau da curva.

Epidemiologia

A escoliose afeta aproximadamente 2% a 3% da população em todo o mundo. É mais prevalente em meninas do que em meninos, com uma proporção de cerca de 2:1. A maioria dos casos ocorre durante a adolescência, entre as idades de 10 e 18 anos.

Tipos de Escoliose

Existem vários tipos de escoliose, incluindo a idiopática do adolescente, a congênita e a neuromuscular. A forma idiopática do adolescente é a mais comum e geralmente ocorre durante o período de crescimento.

Sintomas

Os sintomas da escoliose podem variar de acordo com o grau da curvatura e incluem assimetria nas costas, ombros ou quadris, curvatura visível da coluna vertebral, desconforto ou dor nas costas e fadiga muscular. Em casos mais graves, pode haver dificuldade em respirar.

Exames Diagnósticos:

O diagnóstico da escoliose geralmente começa com um exame físico. Se houver suspeita de escoliose, outros exames, como radiografia da coluna vertebral, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem ser necessários para avaliar a gravidade da curvatura.

Tratamento

O tratamento da escoliose varia dependendo do grau da curva e pode incluir:

  1. Observação: Para curvas menores, especialmente em crianças em crescimento, pode ser recomendada apenas a observação regular para monitorar a progressão da curvatura.

  2. Uso de colete: Em casos mais graves, especialmente durante a adolescência, quando a curvatura está progredindo rapidamente, um colete ortopédico pode ser prescrito para ajudar a estabilizar a coluna vertebral e evitar uma maior curvatura.

  3. Cirurgia: Em casos de escoliose grave (acima de 45º), especialmente em adultos ou quando outros métodos de tratamento não são eficazes, a cirurgia pode ser recomendada para corrigir a curvatura da coluna vertebral e prevenir complicações futuras.

É importante ressaltar que o tratamento da escoliose deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração o grau da curva e outros fatores. Um neurocirurgião especializado em doenças da coluna vertebral pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

ENXAQUECA

A enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça (cafaléia) que apresenta intensidade e frequência variáveis, podendo muitas vezes se tornar incapacitante. Aproximadamente 75% das pessoas com enxaqueca são mulheres, com pico de ocorrência entre 30-40 anos. Após os 40 anos existe tendência a diminuição da severidade e frequência das crises, exceto nas mulheres que estão no período peri-menopausa. Ainda, existe forte predileção genética, com 70% dos pacientes tendo um parente de primeiro grau com história de enxaqueca.

Quais os sintomas da enxaqueca?

Existem vários tipos de enxaqueca, cada um com seus sintomas e sinais específicos. Entretanto, a dor típica se caracteriza por ser pulsátil, com início geralmente unilateral, piora gradual, em um período de 1-2 horas, até se tornar difusa na cabeça, com duração total de 4-72 horas. Náuseas (80%) e vômitos (50%) podem acompanhar a dor, juntamente com inapetência ou intolerância alimentar. Hipersensibilidade à luz (fotofobia) ou à sons (fonofobia) também estão comumente presentes. Entretanto, a presença ou ausência de alguma dessas características não exclui ou confirma o diagnóstico.

Como é feito o diagnóstico da enxaqueca?

O diagnóstico da enxaqueca é clínico, baseado na história e exame físico do paciente. Entretanto, qualquer do de cabeça de início recente deve ser investigada para exclusão de quaisquer anormalidades que possam estar causando os sintomas, neste caso a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética podem ser utilizadas.

Como é tratada a enxaqueca?

O tratamento é baseado em evitar os fatores desencadeantes e no uso de medicamentos específicos para esta condição.

Várias condições já foram identificadas como provocadores da enxaqueca: alterações hormonais (menstruação, ovulação e gravidez); estresse; alteração no sono (excesso ou falta); medicamentos; alterações climáticas; falta de atividade física; jejum; vinho tinto; cafeína; adoçantes; frutas cítricas; comidas contendo tiramina (queijos envelhecidos); carnes com nitritos (embutidos). A redução ou cessação destes fatores provocantes podem determinar alívio na frequência e intensidade das crises.

EPILEPSIA

Epilepsia é definida como uma condição caracterizada por crises epilépticas recorrentes (duas ou mais), não provocadas por qualquer causa imediata identificada. É um distúrbio na função das células do cérebro que disparam sinais elétricos de forma anormal e desordenada que pode ocorrer em apenas uma parte do cérebro, ou se espalhar por todo ele, causando a conhecida crise convulsiva. 

O que causa a epilepsia?

Existem basicamente dois tipos de epilepsia quanto a causa: epilepsia primária e epilepsia secundária. Na epilepsia primária não se encontram alterações nos exames que justifiquem a ocorrência das crises, este é o tipo mais comum. Na epilepsia secundária existe alguma lesão (tumor cerebralmeningioma, displasia) ou alteração metabólica (alterações sódio e potássio, glicose muito alta ou baixa, intoxicações) que causa irritação nas células do cérebro levando às crises.

Como é feito o diagnóstico da epilepsia?

O diagnóstico da epilepsia é baseada na história do paciente. Porém, a ocorrência de uma crise epiléptica deve levar a investigação de possíveis causas com exames de laboratório, exames de imagem (Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética) e eletroencefalograma.

Como é tratada a epilepsia?

O tratamento com medicamentos em geral e suficiente para controle das crises epilépticas. Dependendo do tipo de crise, pode ser necessária a utilização de mais de um medicamento para controle adequado das crises. É de extrema importância que o tratamento seja feito conforme orientado pelo médico para evitar a ocorrência de novas crises. A principal causa de novas crises em pacientes que estão em tratamento para epilepsia é a parada do uso das medicações ou seu uso incorreto.

Qual o papel da cirurgia na epilepsia?

Quando existe alguma lesão ocasionando as crises epilépticas a remoção da mesma pode diminuir a intensidade e frequência das crises ou até mesmo cessá-las. Nos pacientes onde não existe uma lesão que se julga responsável pelas crises epilépticas, ou seja, epilepsia primária, e não se consegue controle das crises com diversas medicações, pode ser necessário realizar cirurgia para tratamento da epilepsia. Na maioria das vezes, estes pacientes ainda necessitam uso de medicações após a cirurgia para controle da doença. O procedimentos mais comuns são a remoção cirúrgica de uma área do cérebro e o implante de dispositivo estimulador do nervo vago.

ESPONDILOLISTESE

A espondilolistese é uma condição em que uma vértebra desliza para frente em relação à vértebra subjacente, causando instabilidade na coluna vertebral. Essa condição pode levar a uma variedade de sintomas dolorosos e debilitantes, afetando a qualidade de vida dos pacientes. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a espondilolistese, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

 

Epidemiologia

A espondilolistese é uma condição relativamente comum, afetando pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos mais velhos, especialmente aqueles com mais de 50 anos de idade. Estima-se que cerca de 5% da população em geral e até 15% dos adultos com mais de 60 anos tenham algum grau de espondilolistese. A condição é mais comum em mulheres do que em homens e pode estar relacionada a fatores genéticos, trauma ou degeneração da coluna vertebral.

Sintomas

Os sintomas da espondilolistese podem variar dependendo do grau de deslizamento da vértebra e da presença de compressão nervosa. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Dor nas costas: A dor pode ser localizada na região lombar ou cervical e piorar com a atividade física.
  • Rigidez e fraqueza muscular: Rigidez ou fraqueza nos músculos das costas e das pernas podem estar presentes, especialmente ao levantar objetos pesados ou após períodos de inatividade.
  • Formigamento ou dormência: Sensações de formigamento ou dormência podem ocorrer nas pernas ou nos pés devido à compressão dos nervos da coluna vertebral.
  • Dificuldade em caminhar: Em casos mais graves, a espondilolistese pode causar dificuldade em caminhar ou manter o equilíbrio devido à instabilidade na coluna vertebral.

Em alguns casos, a espondilolistese pode ser assintomática e só é descoberta durante exames de imagem de rotina ou investigação de outra condição médica.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da espondilolistese geralmente começa com um exame físico realizado por um médico especializado em doenças da coluna vertebral. Se houver suspeita de espondilolistese, outros exames podem ser realizados, incluindo:

  • Radiografia da coluna vertebral: Este é o exame de imagem mais comumente usado para diagnosticar a espondilolistese e avaliar o grau de deslizamento da vértebra.
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM): Esses exames de imagem podem ser usados para avaliar a anatomia da coluna vertebral e identificar quaisquer anormalidades estruturais associadas à espondilolistese, como hérnias de disco ou compressão nervosa.

 

Tipos de Tratamento

O tratamento da espondilolistese depende do grau de deslizamento da vértebra, presença de sintomas e impacto na qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento podem incluir:

  1. Tratamento Conservador:

    • Fisioterapia: Exercícios de fortalecimento muscular e alongamento podem ajudar a melhorar a estabilidade da coluna vertebral e aliviar os sintomas da espondilolistese.
    • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser prescritos para aliviar a dor e a inflamação associadas à condição.
  2. Tratamento Cirúrgico:

    • Em casos graves de espondilolistese, especialmente quando os sintomas são progressivos e interferem na qualidade de vida do paciente, a cirurgia pode ser recomendada para realinhar a coluna vertebral e estabilizar a vértebra deslizada.

É importante ressaltar que o tratamento da espondilolistese deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente, considerando o grau de deslizamento da vértebra e a presença de sintomas. Um neurocirurgião especializado em doenças da coluna vertebral pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

ESTENOSE DO CANAL VERTEBRAL

A estenose do canal vertebral é uma condição em que o canal espinhal, a passagem estreita por onde a medula espinhal passa, torna-se estreitado. Isso pode resultar em compressão da medula espinhal e dos nervos, levando a uma variedade de sintomas dolorosos e debilitantes. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a estenose do canal vertebral, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Epidemiologia

A estenose do canal vertebral é uma condição comum em pessoas mais velhas, especialmente aquelas com mais de 50 anos de idade. Estima-se que cerca de 5% das pessoas com mais de 50 anos e até 20% das pessoas com mais de 60 anos tenham estenose do canal vertebral. A condição é mais comum em homens do que em mulheres e tende a se tornar mais prevalente com o avanço da idade.

Sintomatologia

Os sintomas da estenose do canal vertebral podem variar dependendo da localização e da gravidade do estreitamento do canal espinhal. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Dor nas costas: A dor pode ser localizada na região lombar ou cervical e piorar ao caminhar ou permanecer em pé por longos períodos.
  • Dor nas pernas ou braços: A dor pode irradiar das costas para as pernas (ciática) ou dos braços para as mãos.
  • Fraqueza muscular: Fraqueza nas pernas ou braços, especialmente ao levantar objetos ou realizar atividades físicas.
  • Dormência ou formigamento: Sensações anormais nas pernas, braços, mãos ou pés devido à compressão dos nervos.

Em casos mais graves de estenose do canal vertebral, os sintomas podem incluir dificuldade em controlar a bexiga ou o intestino, conhecida como incontinência urinária ou fecal.

Diagnóstico

O diagnóstico da estenose do canal vertebral geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Os exames diagnósticos podem incluir:

  • Ressonância magnética (RM) da coluna vertebral: Este exame de imagem permite uma visualização detalhada do canal espinhal e das estruturas nervosas, ajudando a identificar o estreitamento e a localização da estenose.
  • Tomografia computadorizada (TC) da coluna vertebral: Usada para avaliar a anatomia óssea da coluna vertebral e identificar possíveis causas de estreitamento do canal espinhal, como esporões ósseos ou hérnias de disco.
  • Radiografia da coluna vertebral: Pode ser realizada para avaliar a estrutura geral da coluna vertebral e identificar sinais de degeneração óssea, como espondilose ou espondilolistese.

 

Tratamento

O tratamento da estenose do canal vertebral depende da gravidade dos sintomas e da causa subjacente do estreitamento do canal espinhal. As opções de tratamento podem incluir:

  • Medicamentos: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou analgésicos podem ser prescritos para ajudar a aliviar a dor e a inflamação associadas à estenose do canal vertebral.
  • Terapia Física: Exercícios de fortalecimento muscular e alongamento podem ajudar a melhorar a estabilidade da coluna vertebral e reduzir a compressão dos nervos.
  • Injeções Epidurais: Injeções de corticosteroides na área afetada podem ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a dor associada à estenose do canal vertebral.
  • Cirurgia: Em casos graves de estenose do canal vertebral, especialmente quando os sintomas são progressivos e interferem na qualidade de vida, a cirurgia pode ser recomendada para descomprimir os nervos e aliviar a pressão sobre a medula espinhal.

É importante ressaltar que o tratamento da estenose do canal vertebral deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. O acompanhamento regular com um neurocirurgião especializado em doenças da coluna vertebral é essencial para monitorar a progressão da condição e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

FRATURA NA COLUNA

A fratura da coluna ocorre quando alguma parte de uma vértebra perde sua integridade estrutural devido a fraqueza óssea ou excesso de força exercida sobre ela. As fraturas vertebrais acometem mais  os adultos jovens (16-30) do sexo masculino, e são causadas em sua maioria por traumatismos como acidentes de trânsito, traumatismos por violêcia e quedas ao praticar determinados esportes. Acima dos 70 aumentam as chances de fratura vertebral após quedas cotidianas devido a fragilidade óssea do idoso e, as vezes, osteoporose.

Quais os sintomas de uma fratura da coluna?


O principal sintoma é a dor, que caracteristicamente é pior ao permanecer em pé ou movimentar a coluna. Dependendo do tipo de fratura ou deslocamento de fragmentos ósseos, a medula ou os nervos podem ser acometidos, levando a dor e a fraqueza em braços e/ou pernas.

Como é feito o diagnóstico de uma fratura da coluna?


O método mais disponível para o diagnóstico é o Raio-X, entretanto, mesmo com exame normal podem haver fraturas. Nos casos em que há grande suspeita a Tomografia Computadorizada (TC) é o exame mais indicado para identificar uma fratura. A Ressonância Magnética (RM) pode ser utilizada para avaliar lesões em ligamentos da coluna e também para identificar fraturas antigas (até 3 meses) ou falha de cicatrização das fraturas.

Qual o tratamento das fraturas da coluna?


O tratamento depende do local – coluna cervical, torácica ou lombar, e do tipo de fratura. Em alguns casos o uso de órtesess (coletes, colares) pode ser suficientes para a consolidação da fratura. Em outros casos pode ser necessário cirurgia pra fixar as vértebras (artrodese da coluna lombar e artrodese da coluna cervical) e permitir sua cicatrização. Especialmente nas fraturas devido a osteoporose a vertebroplastia e a cifoplastia, podem ser utilizadas pra tratar a fratura e reduzir a dor.

Qual o prognóstico das fraturas da coluna?


O prognóstico depende da gravidade da fratura e a ocorrência de lesões neurológicas ou não. A maioria das fraturas consolidam adequadamente se for realizado o tratamento adequado. As recuperação das lesões neurológicas depende de sua gravidade e tempo até o tratamento, mas na maioria das vezes deixam alguma sequela.

HEMORRAGIA INTRACEREBRAL

Hemorragia intracerebral, hemorragia intracraniana ou AVC hemorrágico é a ocorrência de sangramento de um vaso sanguíneo dentro do tecido cerebral. As duas principais causas destes sangramentos são a pressão arterial elevada e o envelhecimento das artérias cerebrais (angiopatia amilóide). Porém, podem ocorre também devido à ruptura um aneurisma cerebralmalformação arteriovenosatumores cerebrais, trauma, uso de drogas ou após isquemias cerebrais (transformação hemorrágica).

Tipicamente os sangramentos devido a pressão alta tendem a se localizar nos núcleos da base (regiões mais profundas do cérebro), ocorrerem em paciente em torno e 50-60 anos de idade. Já nos casos de sangramento devido a angiopatia amiloide os sangramentos tendem a ser nos lobos cerebrais e ocorrerem em pacientes mais idosos.

 

Quais os sintomas da Hemorragia Intracerebral?

Os sintomas dependem do local de sua ocorrência e o tamanho do sangramento, e podem ser: dor de cabeça (40%), náuseas e vômitos (40-50%), crise convulsiva (6-7%), alterações da consciência (50%), fraqueza em alguma parte do corpo, dificuldade para falar, e coma.

 

Como é feito o diagnóstico da Hemorragia Intracerebral?

O principal exame utilizado é a Tomografia Computadorizada, ela permite o diagnóstico do sangramento e suas complicações, como, hipertensão intracraniana e hidrocefalia. Nos casos em que existe a suspeita de tumores cerebrais ou malformações arteriovenosas, a Ressonância Magnética apresenta importante ferramenta para o diagnóstico.

 

Como é o tratamento da Hemorragia Intracerebral?

O tratamento depende do local e magnitude do sangramento, do estado clínico do paciente e da presença de complicações. A maioria dos casos de sangramentos pequenos podem ser tratados clinicamente. Grandes hemorragias podem necessitar a drenagem cirúrgica do hematoma. No caso de haver complicações como aumento da pressão intracraniana ou hidrocefalia também pode ser necessário realização de cirurgia (craniotomia descompressivamonitorização da pressão intracranianaderivação ventricular externa).

HÉRNIA DE DISCO

A hérnia de disco ocorre quando o disco intervertebral, devido a processo de desgaste agudo ou crônico, se rompe e seu interior sai e comprime os nervos ou a medula. Elas são mais comuns na coluna lombar, seguida da coluna cervical  e mais raramente podem ocorrer na coluna torácica.

Quais os sintomas da hérnia de disco?

O principal sintoma é a dor – ela pode ficar concentrada na coluna ou iniciar na coluna e se estender para as pernas (coluna lombar) ou braços (coluna cervical), percorrendo o trajeto dos nervos. Na coluna lombar pode causar a popular “dor do ciático”.

Nos casos mais graves pode ocorrer dormência ou fraqueza em pernas (coluna lombar) ou braços (coluna cervical). Ainda, na coluna cervical pode determinar compressão da medula espinhal, causando fraqueza em braços e pernas.

Como é feito o diagnóstico das hérnias de disco?

Os exames de imagem como Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) são os métodos mais indicados para o diagnóstico. A TC é um exame mais barato, mais rápido e amplamente disponível, porém pode não detectar lesões menores. A RM é um exame mais dispendioso, mais demorado e disponível em menos locais, porém é o mais indicado, uma vez que pode avaliar melhor a presença das hérnias e sua relação com os nervos.

Ainda, a Eletroneuromiografia, que serve para avaliar a função dos nervos tanto de pernas ou braços, pode ser usada para auxiliar no diagnóstico, especialmente em casos duvidosos.

Como é o tratamento clínico das hérnias de disco?

O tratamento inicial das hérnia de disco é clínico na maior parte dos casos. A abordagem multidisciplinar, com profissionais como médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos é essencial para o sucesso do tratamento. Este, é realizado com medicamentos para controle da dor e reabilitação, e, em alguns casos, infiltração da coluna.

Quando é preciso de cirurgia para as hérnias de disco?

Nos casos em que a dor é insuportável ou não melhora com os tratamentos clínicos é indicado o tratamento cirúrgico. Na maioria das vezes, a cirurgia para remoção do fragmento do disco intervertebral ou sua totalidade (Cirurgia para Hérnia de Disco) é o tratamento de escolha.

Algumas vezes, o paciente apresenta desgaste maior do disco intervertebral ou escorregamento das vértebras (Espondilolistese), o que causa também dor lombar intensa. Nestes casos pode ser necessário a utilização de placas e parafusos para fixação da coluna vertebral (Artrodese da Coluna Lombar ou Artrodese da Coluna Cervical).

Qual o prognóstico das hérnia de disco?

Cerca de 90% das hérnias de disco é reabsorvida pelo organismo e os sintomas melhoram dentro de 1-2 anos, nestes casos o tratamento visa controle da dor durante este período. Quando é realizado tratamento cirúrgico, a maioria dos pacientes apresenta alívio quase imediato da dor no pós-operatório.

As hérnias de disco podem recidivar nos locais onde antes ocorreram ou novas hérnias pode surgir em outros níveis da coluna.

HIDROCEFALIA

A hidrocefalia é uma condição neurológica caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) no cérebro, o que leva a um aumento da pressão intracraniana. Esta condição pode ocorrer em pessoas de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos, e pode ter diversas causas. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a hidrocefalia, seus sintomas, diagnóstico e opções de tratamento.

Epidemiologia

A hidrocefalia pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em recém-nascidos e em adultos mais velhos. Nos bebês, pode estar presente desde o nascimento (hidrocefalia congênita) ou se desenvolver nos primeiros meses de vida devido a uma variedade de condições, como malformações cerebrais ou infecções. Já nos idosos, a hidrocefalia pode ser causada por tumores cerebrais, hemorragias ou outros problemas relacionados à idade.

Sintomatologia

Os sintomas da hidrocefalia podem variar dependendo da idade do paciente e da causa subjacente da condição. Em bebês e crianças pequenas, os sinais podem incluir:

  • Crescimento anormal da cabeça.
  • Olhos fixos para baixo (sinal de “pôr do sol”).
  • Irritabilidade.
  • Vômitos.
  • Dificuldade em se alimentar e ganhar peso.

Já em adultos, os sintomas podem incluir:

  • Dor de cabeça.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dificuldades de visão, como visão embaçada ou dupla.
  • Alterações na marcha e equilíbrio.
  • Problemas de memória e cognição.

 

Exames Diagnósticos

O diagnóstico de hidrocefalia geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e de imagem. Os exames podem incluir:

  • Exame neurológico para avaliar os sintomas e a função cerebral.
  • Ultrassonografia transfontanelar em bebês.
  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro para visualizar o acúmulo de líquido e identificar possíveis causas subjacentes.

Tipos de Tratamento

O tratamento da hidrocefalia depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. As opções de tratamento podem incluir:

  • Derivação ventriculoperitoneal (DVP): Este procedimento cirúrgico envolve a inserção de um cateter no ventrículo cerebral para drenar o excesso de líquido para o abdômen, onde é absorvido pelo corpo.
  • Endoscopia terceiro ventriculostomia: Uma abordagem minimamente invasiva que utiliza um endoscópio para criar uma passagem no cérebro que permite que o líquido cefalorraquidiano flua adequadamente, sem a necessidade de uma derivação.
  • Tratamento da causa subjacente: Em alguns casos, o tratamento pode se concentrar em tratar a condição subjacente que está causando a hidrocefalia, como a remoção de um tumor cerebral ou o tratamento de uma infecção.

É importante ressaltar que o tratamento da hidrocefalia pode exigir uma abordagem multidisciplinar, envolvendo neurocirurgiões, neurologistas, radiologistas e outros profissionais de saúde. O acompanhamento regular e o tratamento adequado são essenciais para gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com hidrocefalia.

HIPERTENSÃO INTRACRANIANA

A hipertensão intracraniana é uma condição médica grave caracterizada pelo aumento da pressão dentro do crânio. Isso pode ser causado por uma variedade de condições subjacentes e pode resultar em danos cerebrais significativos se não for tratado adequadamente. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a hipertensão intracraniana, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Dados Epidemiológicos

A hipertensão intracraniana pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em certos grupos populacionais, como crianças com tumores cerebrais, adultos jovens com hemorragia intracraniana e adultos mais velhos com hidrocefalia ou acidente vascular cerebral. A prevalência exata da condição varia dependendo da causa subjacente e de outros fatores de risco, mas estima-se que afete milhões de pessoas em todo o mundo a cada ano.

Sintomatologia

Os sintomas da hipertensão intracraniana podem variar dependendo da causa subjacente e da gravidade do aumento da pressão intracraniana. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Dor de cabeça: Uma dor de cabeça persistente e intensa é frequentemente o sintoma inicial da hipertensão intracraniana. A dor de cabeça pode piorar durante a atividade física ou ao deitar.
  • Náuseas e vômitos: O aumento da pressão intracraniana pode causar náuseas e vômitos, especialmente pela manhã.
  • Alterações na visão: Visão embaçada, visão dupla ou perda de visão periférica podem ocorrer devido à compressão do nervo óptico.
  • Mudanças no estado mental: Confusão, sonolência, irritabilidade e dificuldade de concentração podem ser sintomas de hipertensão intracraniana em estágios avançados.
  • Papiledema: Inchaço do disco óptico pode ser observado durante um exame oftalmológico e é um sinal clínico importante de aumento da pressão intracraniana.

 

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da hipertensão intracraniana geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e testes de função cerebral. Alguns dos exames diagnósticos comuns incluem:

  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro: Esses exames de imagem podem ser usados para identificar a causa subjacente da hipertensão intracraniana, como tumores cerebrais, hemorragias ou hidrocefalia.
  • Punção lombar: Este procedimento pode ser realizado para medir a pressão do líquido cefalorraquidiano no espaço subaracnóideo.
  • Fundoscopia: Um exame oftalmológico para avaliar o disco óptico e procurar sinais de papiledema.

Tratamento

O tratamento da hipertensão intracraniana depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Algumas opções de tratamento comuns incluem:

  • Tratamento da causa subjacente: O tratamento da hipertensão intracraniana geralmente envolve abordar a causa subjacente da pressão aumentada dentro do crânio. Isso pode incluir craniotomia descompressiva, cirurgia para remover tumores cerebrais, drenagem de hematomas ou tratamento de infecções cerebrais. 
  • Medicamentos: Diuréticos, corticosteroides ou outros medicamentos podem ser prescritos para ajudar a reduzir o inchaço cerebral e controlar a pressão intracraniana.
  • Derivação ventricular: Em casos de hidrocefalia, um shunt pode ser colocado para drenar o excesso de líquido cefalorraquidiano do cérebro para outra parte do corpo, aliviando assim a pressão intracraniana.

É importante ressaltar que o tratamento da hipertensão intracraniana deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. Um neurocirurgião especializado em doenças cerebrais e neurológicas pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

ISQUEMIA CEREBRAL (AVC)

A isquemia cerebral ou acidente vascular cerebral (AVC) é uma condição médica grave caracterizada pela diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, resultando em uma redução do suprimento de oxigênio e nutrientes para as células cerebrais. Essa falta de oxigênio pode levar a danos cerebrais permanentes se não for tratada rapidamente. Neste artigo, vamos explorar mais sobre a isquemia cerebral, incluindo dados epidemiológicos, fatores de risco, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Dados Epidemiológicos

A isquemia cerebral é uma das principais causas de incapacidade e mortalidade em todo o mundo. Estima-se que milhões de pessoas são afetadas pela doença a cada ano, com um número significativo de casos resultando em sequelas permanentes ou morte. A prevalência da isquemia cerebral tende a aumentar com a idade, sendo mais comum em pessoas com mais de 65 anos. No entanto, a condição também pode ocorrer em pessoas mais jovens, especialmente aquelas com fatores de risco predisponentes.

Fatores de Risco

Vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento da isquemia cerebral, incluindo:

  • Hipertensão arterial: A pressão arterial elevada pode danificar as artérias cerebrais e aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos.
  • Diabetes: O diabetes pode causar danos nos vasos sanguíneos, aumentando o risco de aterosclerose e coágulos sanguíneos.
  • Colesterol alto: Níveis elevados de colesterol LDL podem levar à formação de placas nas artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo para o cérebro.
  • Tabagismo: O tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares e pode danificar os vasos sanguíneos, contribuindo para a isquemia cerebral.
  • Histórico familiar: Pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares têm um risco aumentado de desenvolver isquemia cerebral.

Sintomatologia

Os sintomas da isquemia cerebral podem variar dependendo da área do cérebro afetada e da gravidade da diminuição do fluxo sanguíneo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Fraqueza ou dormência em um lado do corpo: Isquemia em uma área específica do cérebro pode causar fraqueza ou dormência em um lado do corpo, geralmente em um braço, perna ou lado do rosto.
  • Dificuldade na fala: Isquemia em áreas do cérebro responsáveis pela linguagem pode levar a dificuldade na fala, confusão ou dificuldade em encontrar palavras.
  • Alterações na visão: Visão turva, perda de visão em um ou ambos os olhos ou visão dupla podem ocorrer devido à isquemia na área do cérebro responsável pela visão.
  • Dor de cabeça súbita e intensa: Alguns pacientes podem experimentar uma dor de cabeça intensa, especialmente se a isquemia for causada por um acidente vascular cerebral isquêmico agudo.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da isquemia cerebral geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e testes de função cerebral. Alguns dos exames diagnósticos comuns incluem:

  • Tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro: Esses exames de imagem podem ajudar a identificar áreas de isquemia no cérebro e avaliar a extensão dos danos cerebrais.
  • Angiografia cerebral: Este procedimento pode ser realizado para avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias cerebrais e identificar obstruções ou estenoses.
  • Eletroencefalograma (EEG): Um EEG pode ser usado para avaliar a atividade elétrica do cérebro e detectar anormalidades associadas à isquemia cerebral.

Tratamento

O tratamento da isquemia cerebral depende da causa subjacente e da gravidade dos sintomas. Algumas opções de tratamento comuns incluem:

  • Terapia trombolítica: Em casos de acidente vascular cerebral isquêmico agudo, a administração de agentes trombolíticos, como o ativador do plasminogênio tecidual (tPA), ou a trombectomia mecânica com cateteres, podem ajudar a dissolver o coágulo sanguíneo  ou removê-lo, e dessa forma restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro.
  • Angioplastia e colocação de stent: Em casos de estenose arterial significativa, pode ser realizada uma angioplastia para abrir a artéria bloqueada e colocar um stent para manter o vaso sanguíneo aberto.
  • Controle dos fatores de risco: Tratar condições subjacentes, como hipertensão arterial, diabetes e hiperlipidemia, é fundamental para reduzir o risco de recorrência da isquemia cerebral.

É importante ressaltar que o tratamento da isquemia cerebral deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. Um neurocirurgião especializado em doenças cerebrais e neurológicas pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA CEREBRAL (MAV)

As malformações arteriovenosas cerebrais (MAV) são anomalias vasculares raras e potencialmente graves que afetam o sistema circulatório do cérebro. Neste artigo, exploraremos mais sobre as MAVs, incluindo dados epidemiológicos, sintomas comuns, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Epidemiologia

As MAVs são uma condição relativamente rara, com uma prevalência estimada de cerca de 0,1% da população geral. Elas podem ocorrer em pessoas de todas as idades, mas geralmente são diagnosticadas em adultos jovens, entre 20 e 40 anos de idade. As MAVs são congênitas, o que significa que estão presentes desde o nascimento, mas muitas vezes não causam sintomas até a idade adulta.

Sintomatologia

As MAVs cerebrais podem ser assintomáticas e serem descobertas incidentalmente durante exames de imagem realizados por outras razões. No entanto, quando os sintomas estão presentes, podem incluir:

  • Dor de cabeça: Dor de cabeça persistente e intensa é um sintoma comum de MAVs, especialmente se houver hemorragia ou aumento da pressão intracraniana.
  • Convulsões: Convulsões podem ocorrer em pacientes com MAVs, especialmente se a anomalia estiver localizada em áreas do cérebro responsáveis pelo controle das funções motoras ou sensoriais.
  • Hemorragia cerebral: Hemorragia intracraniana é uma complicação potencialmente grave de MAVs e pode resultar em sintomas como fraqueza, dormência, dificuldade na fala ou alterações na consciência.
  • Deficits neurológicos focais: Dependendo da localização e do tamanho da MAV, podem ocorrer déficits neurológicos focais, como fraqueza em um lado do corpo, alterações na visão ou dificuldade na coordenação motora.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico de MAV cerebral geralmente envolve uma combinação de exames clínicos e exames de imagem. Alguns dos exames diagnósticos comuns incluem:

  • Angiografia cerebral: Este é o exame de imagem padrão para diagnosticar MAVs cerebrais. Envolve a injeção de um contraste radiopaco nas artérias cerebrais para visualizar o fluxo sanguíneo e identificar anomalias vasculares.
  • Tomografia computadorizada (TC) ou Ressonância magnética (RM) do cérebro: Esses exames de imagem podem ser usados para avaliar a extensão das MAVs, sua localização e possíveis complicações, como hemorragia intracraniana.
  • Eletroencefalograma (EEG): Um EEG pode ser realizado para avaliar a atividade elétrica do cérebro e detectar anormalidades associadas a convulsões ou déficits neurológicos.

Tratamento

O tratamento das MAVs cerebrais depende da localização, tamanho, sintomas e risco de complicações. Algumas opções de tratamento incluem:

  • Embolização endovascular: Este procedimento envolve a inserção de um cateter na artéria afetada e a injeção de material embólico para bloquear o fluxo sanguíneo para a MAV, reduzindo assim o risco de hemorragia.
  • Radiocirurgia estereotáxica: A radiocirurgia estereotáxica, também conhecida como radioterapia estereotáxica, utiliza feixes de radiação focalizados para destruir seletivamente o tecido da MAV, reduzindo assim o risco de hemorragia.
  • Ressecção cirúrgica: Em casos graves ou sintomáticos, a ressecção cirúrgica da MAV pode ser necessária para remover completamente a anomalia vascular e reduzir o risco de complicações futuras.

É importante ressaltar que o tratamento das MAVs cerebrais deve ser personalizado para atender às necessidades individuais de cada paciente. Um neurocirurgião especializado em doenças cerebrais e vasculares pode fornecer uma avaliação completa e recomendar o melhor plano de tratamento para cada caso específico.

MENINGIOMA

Os meningiomas são tumores, em sua maioria, benignos que se originam nas meninges – as membranas que envolvem e protegem o cérebro e a coluna. Eles tem crescimento lento e ocorrem mais comumente no crânio, especialmente na sua porção mais alta e, raramente, na coluna vertebral. São mais comuns em mulheres e tem relação com exposição prévia a radiação. Existem vários subtipos deste tumor, alguns com características de malignidade.

Quais os sintomas de um meningioma?

Os sintomas estão relacionados especialmente com sua localização e tamanho. Quando na porção mais alta da cabeça tendem a provocar crises convulsivas, alterações de força e sensibilidade em alguma parte do corpo, dificuldade de fala, alterações comportamentais e dores de cabeça. Os tumores grandes podem levar a aumento da pressão dentro da cabeça, causando dores de cabeça, alteração da visão, náuseas e vômitos.

Quando estes tumores se localizam na base do crânio, em geral, acometem os nervos cranianos, causando perda da visão, alteração na movimentação dos olhos, dificuldade para engolir, dor na face e incoordenação motora.

Como é feito o diagnóstico de um meningioma?

O principal exame diagnóstico é a Ressonância Magnética, que pode detectar até mesmo pequenas lesões. A Tomografia Computadorizada, em geral, é utilizada para investigação de acometimento ósseo e planejamento cirúrgico.

Como é feito o tratamento dos meningiomas?

Por se tratarem de tumores geralmente benignos e de crescimento lento, o tratamento é realizado nos casos em que o tumor causa algum sintoma ou quando se evidencia crescimento da lesão. A idade do paciente é importante, poisa conduta tende a ser menos agressiva em pacientes idosos, devido a lenta taxa de crescimento do tumor. A cirurgia (Cirurgia para Tumor Cerebral) é a melhor forma de tratamento dos meningiomas. Por vezes, essas lesões adquirem características agressivas e pode ser necessária a Radioterapia. 

Qual o prognóstico dos tumores cerebrais?

Seu prognóstico em geral é bom por se tratarem em sua grande maioria de lesões benignas. Quando não são totalmente ressecados tem grande potencial de recidiva, podendo apresentar comportamento agressivo e transformação maligna. A localização também pode determinar o prognóstico, pois locais de difícil acesso podem impedir a ressecção completa da lesão.

METÁSTASE CEREBRAL

A metástase cerebral é uma condição em que células cancerígenas se espalham para o cérebro a partir de um tumor primário localizado em outra parte do corpo. Essa condição é uma das complicações mais comuns em pacientes com câncer e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida e na sobrevida dos pacientes. Neste artigo, abordaremos mais sobre a metástase cerebral, incluindo dados epidemiológicos, sinais e sintomas, exames diagnósticos e opções de tratamento disponíveis.

Epidemiologia

A metástase cerebral é uma condição relativamente comum em pacientes com câncer avançado. Estima-se que cerca de 20% a 40% dos pacientes com câncer desenvolvam metástases cerebrais durante o curso da doença. A incidência de metástase cerebral é ligeiramente maior em homens do que em mulheres, e a idade média de diagnóstico varia dependendo do tipo de câncer primário.

Sinais e Sintomas:

Os sintomas da metástase cerebral podem variar dependendo do tamanho, número e localização dos tumores no cérebro. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Dor de cabeça persistente e intensa.
  • Alterações na visão, como visão dupla ou turva.
  • Fraqueza muscular ou dificuldade de coordenação.
  • Alterações na função cognitiva, como dificuldade de concentração ou confusão.
  • Convulsões.
  • Náuseas e vômitos.
  • Mudanças no comportamento ou personalidade.

É importante ressaltar que os sintomas da metástase cerebral podem ser semelhantes aos de outras condições neurológicas, o que pode dificultar o diagnóstico. Portanto, uma avaliação médica completa é essencial para um diagnóstico preciso.

Exames Diagnósticos

O diagnóstico da metástase cerebral geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, exames de imagem e, às vezes, biópsia do tecido cerebral. Os exames diagnósticos podem incluir:

  • Ressonância magnética (RM) do cérebro: Este exame de imagem permite uma visualização detalhada dos tumores cerebrais e sua localização exata no cérebro.
  • Tomografia computadorizada (TC) do cérebro: Usada para avaliar a extensão das metástases cerebrais e sua relação com estruturas circundantes.
  • Biópsia cerebral: Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia do tecido cerebral para confirmar o diagnóstico de metástase cerebral e determinar o tipo de câncer primário.

Tipos de Tratamento

O tratamento da metástase cerebral depende de vários fatores, incluindo o tipo e o estágio do câncer primário, o número e o tamanho das metástases cerebrais, a saúde geral do paciente e suas preferências pessoais. As opções de tratamento podem incluir:

  • Cirurgia: A remoção cirúrgica das metástases cerebrais pode ser considerada em alguns casos, especialmente quando os tumores são grandes ou causam sintomas graves.
  • Radioterapia: A radioterapia é frequentemente usada para destruir as células tumorais e reduzir o tamanho das metástases cerebrais, aliviando assim os sintomas.
  • Quimioterapia: Em alguns casos, a quimioterapia pode ser administrada para controlar o crescimento do câncer primário e das metástases cerebrais.
  • Terapia-alvo e imunoterapia: Estas são abordagens mais recentes no tratamento do câncer que visam especificamente as células tumorais, reduzindo assim os danos às células saudáveis.

É importante ressaltar que o tratamento da metástase cerebral pode ser complexo e exigir uma abordagem multidisciplinar, envolvendo neurocirurgiões, oncologistas, radiologistas e outros profissionais de saúde. O acompanhamento regular e o tratamento adequado são essenciais para gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com metástase cerebral.

NEURINOMA DO ACÚSTICO

O neurinoma do acústico ou schwanoma vestibular, é um tumor benigno, de crescimento lento, que se origina das células de revestimento (células de Schwann) do 8º nervo craniano (nervo vestibulococlear ou acústico). Ele se localiza em uma região chamado ângulo pontocerebelar, que fica entre o tronco cerebral, o cerebelo e a base do crânio; esta informação é importante porque neste local estão presentes diversos nervos importantes e o crescimento do tumor pode afetar as suas funções.

Quais os fatores de risco para os neurinomas do acústico?

A maior parte dos paciente com este tipo de tumor não apresenta fatores de risco aparentes. Entretanto, pacientes com neurofibromatose tipo II apresentam caracteristicamente neurinomas do acústico bilaterais.

Quais os sintomas mais comuns do neurinoma do acústico?

Os sintomas variam de acordo com o tamanho e localização do tumor, em geral o primeiro sintomas é a perda auditiva, muitas vezes negligenciada pelo paciente, que pode ser acompanhada de zumbido ou alterações do equilíbrio. Mais tardiamente a fraqueza na face pode surgir. No momento do diagnóstico os sintomas mais comuns são:

– Perda auditiva (90%)

– Zumbido (60%)

– Dor de cabeça (60%)

– Alteração do equilíbrio (45%)

– Dormência na face (25%)

– Fraqueza na face (15%)

Como é feito o diagnóstico do neurinoma do acústico?

Em geral, nos paciente com perda auditiva, a audiometria tonal e vocal é o primeiro exame realizado, e serve para avaliar a função auditiva. Quando é evidenciada uma perda auditiva neurossensorial deve ser realizada investigação diagnóstica complementar. Nestes casos o exame de escolha é a Ressonância Magnética. Muitas vezes os pacientes realizam uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética devido à outros sintomas ou por outros motivos e descobrem a lesão incidentalmente.

Como é feito o tratamento dos tumores neurinomas do acústico?

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor, sintomas e idade do paciente. Tumores pequenos, assintomáticos ou com poucos sintomas, podem ser apenas acompanhados com exames periódicos e tratados caso venham a crescer ou causar sintomas. Uma parcela destes tumores podem permanecer estáveis durante a vida toda. Tumores grandes e sintomáticos tendem a ser tratados. Dentre as opções de tratamento a cirurgia (Cirurgia para Tumor Cerebral) é a melhor escolha na maioria dos casos. A radiocirurgia pode ser empregada como único tratamento em tumores pequenos com boas taxas de controle, ou após a cirurgia para tratamento de tumores residuais.

Qual o prognóstico dos neurinomas do acústico?

Em geral o prognóstico funcional do paciente tem relação com o tamanho do tumor e os sintomas presentes antes do tratamento. Cerca de metade dos paciente com alguma audição presente antes do tratamento vão apresentar piora. Fraqueza na face, determinada por lesão do nervo facial é mais comum em paciente com tumores maiores que 1,5 cm ou que apresentem algum grau de fraqueza na face antes do tratamento. Durante a cirurgia para os neurinomas do acústico o uso da monitorização eletrofisiológica pode auxiliar na preservação da audição, entretanto, não é uma garantia.

TUMOR CEREBRAL

Nesta sessão abordaremos os tumores cerebrais primários, com maior ênfase nos tumores malignos, informações sobre os outros tipos mais comuns de tumores podem ser achadas em suas respectivas sessões.

O que são tumores cerebrais primários?

Os tumores cerebrais primários são aqueles que começam no cérebro. Baseando-se em estatísticas dos Estados Unidos, cerca de 80 mil novos casos de tumores cerebrais primários deverão ser diagnosticados este ano.

Quais os tipos mais comuns de tumores cerebrais primários?

Os tumores cerebrais primários mais comuns por ordem de ocorrência são os: meningiomas (36,6%), gliomas (24,7%), tumores de hipófise (16%), tumores das bainhas nervosos (dentre eles neurinomas do acústico – 8%),  linfomas (2%), oligodendrogliomas (2%), meduloblastoma/tumores embrionários/tumores primitivos (1%).

Quais os principais fatores de risco para os tumores cerebrais?

– Idade: mais comum em crianças e adultos acima dos 45 anos, porém pessoas em qualquer idade podem ser acometidas.

– Sexo: em geral mais comum em homens, porém alguns tipos específicos como os meningiomas são mais comuns em mulheres.

– História familiar: cerca de 5% dos tumores cerebrais podem estar ligados a fatores ou condições genéticas hereditárias, incluindo síndrome de Li-Fraumeni, neurofibromatose, esclerose tuberosa, síndrome de Turcot e doença de von Hippel-Lindau.

– Infecções virais: por exemplo, infecção com vírus Epstein-Barr aumenta a chance de linfoma no sistema nervoso central.

– Radiação ionizante: exposição prévia à raios X pode predispor a tumores cerebrais, especialmente se essa exposição ocorreu na infância.

Quais os sintomas de um tumor cerebral?

Os sintomas de um tumor cerebral maligno dependem de quão grande ele é e de onde está localizado no cérebro. Se ele for grande o suficiente para aumentar a pressão dentro da cabeça pode causar: fortes e persistentes dores de cabeça, náuseas e vômitos, sonolência e problemas de visão. Dependendo do local que ele acomete o paciente pode apresentar: alterações de personalidade, fraqueza ou dormência um membro ou em todo um lado do corpo, alterações de fala (articulação da palavra, compreensão ou ambos), alterações visuais, perda de equilíbrio, incoordenação, vômitos, dificuldade para engolir. Portanto, na presença de quaisquer destes sintomas você deve ser avaliado por um médico e se caso ele ache pertinente deve ser realizada investigação.

Como é feito o diagnóstico de um tumor cerebral?

Os exames de imagem como Tomografia Computadorizada (TC) e Ressonância Magnética (RM) são os métodos mais indicados para o diagnóstico. A TC é um exame mais barato, mais rápido e amplamente disponível, porém expõe o paciente a grande radiação (raios X) e pode não detectar lesões menores. A RM é um exame mais dispendioso, mais demorado e disponível em menos locais, porém é o mais indicado quando existe suspeita de um tumor cerebral, pois é capaz de detectar pequenas lesões, em estágios mais iniciais e com melhor potencial de tratamento.

Quais são os principais tipos de tumores cerebrais malignos?


 – Astrocitoma Grau II ou Difuso: menos agressivos, porém tendem a infiltrar tecidos circunjacentes e tem crescimento lento, o tratamento cirúrgico pode ser curativo.
– Astrocitoma Grau III ou Anaplásico: são lesões mais infiltrativas e com moderada velocidade de crescimento, em geral pode ser controlado mas não há tratamento curativo.
– Astrocitoma Grau IV ou Glioblastoma: é a lesão mais agressiva, com rápido crescimento e pior prognóstico, não existe tratamento curativo.

– Oligodendroglioma: a maioria ocorre em adultos com entre os 50-60 anos; localizado mais comumente nos lobos frontal e temporal; sua agressividade depende muito do seu perfil molecular.

– Ependimoma: raro em adultos, é o sexto tumor cerebral mais comum em crianças; tem vários subtipos com diferentes graus de agressividade e pode ocorrer em qualquer parte do sistema nervoso, inclusive na coluna. 

– Meduloblastoma: raros, ocorrem caracteristicamente no cerebelo de crianças e adultos jovens e são extremamente agressivos.

Como é feito o tratamento dos tumores cerebrais?

A cirurgia (Cirurgia para Tumor Cerebral) é a principal forma de tratamento dos tumores cerebrais. Grande parte dos tumores benignos e alguns tumores malignos menos agressivos podem ser tratados somente com cirurgia e, caso o tumor seja completamente removido, pode-se obter a cura. Muitas vezes é necessária a utilização de radioterapia e a quimioterapia, na maioria das vezes após a cirurgia. Alguns poucos tipos de tumores cerebrais podem ser tratado apenas com radiação ou quimioterapia.

Qual o prognóstico dos tumores cerebrais?

A sobrevivência após o diagnóstico de um tumor cerebral primário varia significativamente por idade, histologia, marcadores moleculares e comportamento tumoral. No caso dos tumores benignos o tratamento pode ser curativo. Nos tumores malignos a sobrevida pode variar de meses à anos, dependendo do caso.

TUMOR DE HIPÓFISE

A glândula pituitária, ou hipófise, é uma glândula endócrina do tamanho de uma ervilha, que pesa 0,5 gramas em humanos. É uma protrusão na porção do hipotálamo, na base do cérebro e localiza-se dentro da sela túrcica. Apesar de seu pequeno tamanho é extremamente importante para o equilíbrio das funções do corpo. Os hormônios secretados pela hipófise ajudam a controlar: o crescimento, a pressão sanguínea, certas funções dos órgãos sexuais, a glândula tireóide e o metabolismo, bem como alguns aspectos da gravidez, parto, amamentação, concentração de água e sal nos rins, regulação da temperatura corporal e alívio da dor.

Quais os principais sintomas dos tumores de hipófise?

– Alterações visuais: caracteristicamente perda da visão periférica (visão em túnel), em tumores mais invasivos alteração da movimentação dos olhos.

– Alterações hormonais: variam de acordo com o hormônio alterado e podem compreender – aumento das mamas, descarga de leite, menopausa precoce, impotência, hipotireoidismo, crescimento de pés e mãos, entre outros.

– Muitas vezes eles são descobertos de maneira incidental ao se realizarem exames do cérebro por outros motivos.

Qual o tipo mais comum de tumor de hipófise?

São os adenomas de hipófise, que são tumores benignos. Eles podem ser divididos de acordo com o tamanho em: microadenomas (menor que 1 cm) e macroadenomas (maior que 1 cm).  Ainda,  podem classificados como funcionantes, quando produzem hormônios, ou não-funcionantes, quando não produzem hormônios.

Quais os tipos de adenomas funcionantes?

– Produtores de Prolactina ou Prolactinomas: podem ocasionar o aumento das mamas e produção/eliminação de leite, tanto em homens quanto em mulheres.

– Produtores de Hormônio do Crescimento (GH): causam uma doença chamada Acromegalia, caracterizada inicialmente por aumento do tamanho dos pés, mãos, língua, mandíbula, nariz e orelhas. A longo prazo a Acromegalia pode levar à aumento da pressão arterial e doenças cardíacas que podem levar o indivíduo a morte.

– Produtores de ACTH: eles provocam a secreção aumentada do hormônio da suprarenal chamado cortisol, um corticóide do próprio corpo, causando a chamada Doença de Cushing, caracterizada por ganho de peso, acúmulo de gordura central, diminuição da massa muscular, face de lua cheia, rubor facial, estrias, osteoporose.

Qual o tratamento para os tumores de hipófise?

Ele pode ser feito com cirurgia (Cirurgia Endoscópica da Base do Crânio), medicamentos e radioterapia e varia de acordo com o tamanho do tumor, se o tumor secreta hormônios ou não e a presença de sintomas visuais.

A maioria dos tumores pequenos (microadenomas) são assintomáticos e podem ser somente acompanhados com exames de imagem e tratados caso haja crescimento ou surgimento de sintomas. Os prolactinomas tem a característica de responderem muito bem ao tratamento com medicamentos e, na maioria das vezes, não necessitam tratamento cirúrgico. Os tumores produtores de hormônio do crescimento, que causam acromegalia necessitam de tratamento cirúrgico e as vezes medicamentoso, a fim de evitar complicações mais graves. Os tumores produtores de ACTH, que causam a Síndrome de Cushing, em geral são pequenos, porém podem necessitar cirurgia.

Qual o prognóstico dos adenomas de hipófise?

Os adenomas não-funcionantes, dependendo do seu tamanho, tem bom prognóstico e na maioria das vezes a cirurgia é suficiente para cura ou controle da doença. Os prolactinomas tem bom prognóstico e em geral respondem bem ao tratamento medicamentoso. Os demais adenomas funcionantes podem ser de mais difícil controle e tratamento, com recidivas frequentes.

Profissional da mais alta competência, passa segurança e tranquilidade ao paciente, não tenho como agradecer pelo que o senhor fez por mim Dr, eu e minha família só podemos agradecer e dizer que Deus lhe abençoe na vida e na carreira, porque é um profissional na mais alta cacife.

Ederson Flores

Dr. maravilhoso ! fez duas cirurgias de aneurisma cerebral na minha mãe, ambas bem sucedidas sem nenhuma sequela! com certeza um dos melhores médicos que já conheci! obg por tudo ...



Andriele da Silva

Ótimo profissional! Atencioso e competente ao extremo! Só agradecer aos cuidados!





Evelyn Cassenote

Excelente Neurocirurgião! Muita Gratidão pela cirurgia perfeita a que fui submetida! Profissional abençoado por Deus! 👏👏





Denise Colvero

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